A toda brida*
Enquanto busco por verdades nas loucuras que cometo talvez encontre tolas vaidades nas juras que me prometo talvez suborne meus sentidos no prazer de alguns sabores mesmo que sejam talvez fingidos ou que depois me gerem dores mas enquanto busco quem sou quanto mais o tempo passa da cicatriz mais funda que ficou ou da paixão que teve mais graça sempre sobra uma lição que fica no peito marcada fazendo agora parte do coração pedaço da minha alma levada que se lambuza, então, na incerteza como se fosse um porre de alegria pois percebe que no fundo... a beleza que me embriaga agora de euforia não fica apenas no final aliás... fica... muito pelo contrário como ponto transcendental em cada passo imaginário que feito pegadas na areia que cedo ou tarde são lambidas pelo mar nos mostram quem somos nesta teia tão transparentes feito o ar viajantes desta vida destemidos que buscam um sol em cada passo mergulhados nos prazeres e sentidos deixando a alma livre no espaço e assim... enquanto busco por razão em cada desacerto que pratico a única certeza que me resta na mão é que quanto mais sujo... mais me purifico quanto mais incerto... melhor me defino pois desta vida sou um mero viajante deste corpo... sou apenas inquilino mas da minha vontade... sou comandante 04 de dezembro de 2007, 18h35 guerinis@uol.com.br Poema inspirado na canção Unexpected Rain de Melissa Etheridge * Expressão da Língua Portuguesa que significa: “disparada” Silvio Guerini
Enviado por Silvio Guerini em 24/12/2007
Alterado em 24/12/2007 |