Muito pelo contrário!
Não quero ser o teu dono nem sequer o teu senhor não me intrometo no teu sono longe de ser a tua dor Não quero ser o teu herói nem o que te leva à perdição longe de ser o fel que te corrói ou tua conta de subtração Não quero ser tua metade nem o pedaço que te completa não quero ser o que te invade nem a tua cor predileta Não quero ser a tua estrada nem quem te mostra a direção longe de ser uma carta marcada no teu jogo de sedução Não quero ser o teu seguro nem a tua falta de pecado longe de ser teu medo de escuro ou teu olhar pelo choro avermelhado Não quero ser teu infinito nem o que cabe na palma da tua mão longe de ser o verso que tanto recito querendo guardá-lo no teu coração Não quero ser tua coragem muito menos o que te faz covarde do teu rio não quero ser a margem que te salva antes nunca do que tarde Não quero ser as tuas asas nem a âncora que te prende no chão nem o sopro que te apaga as brasas que ardem dentro do teu coração Não quero ser senão um momento que pode ser a própria eternidade passar por você como o vento deixar em ti um gosto de felicidade Não quero ser nada além do que quem te acompanha na vida não ser um do outro um mero refém mas sim... a pessoa escolhida Não quero ser... muito pelo contrário quero no fundo estar do teu lado no teu coração ter meu santuário onde me aninho abençoado Não quero, então, ser mais do que estar nem menos a razão do teu mundo longe de ser a sorte... ou teu azar quero apenas... teu amor mais profundo 23 de agosto de 2007, 20h08 guerinis@uol.com.br Silvio Guerini
Enviado por Silvio Guerini em 19/11/2007
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